Hoje em dia muitos homens me procuram para reposição de testosterona, alguns porque acham que está baixa pelos seus sintomas outros porque ouviram falar que é bom repor.
De fato muitos homens tem um déficit de testosterona e que causa uma série de sintomas bem conhecidos: queda de libido, disfunção erétil, perda de memória e massa muscular, déficit cognitivo, fadiga, depressão, etc. E muitos desses homens precisarão de reposição do hormônio.
No entanto é importante que se saiba que a reposição, chamada TRT, é um caminho sem volta: uma vez iniciada, será por muitos anos até o fim de vida desse indíviduo. Não existe TRT de 6 meses ou 2 anos apenas: ou faz ou não faz e por isso a avaliação do profissional competente é fundamental para ajudar nessa decisão que perdurará por décadas .
Ademais, os pacientes precisam voltar ao consultório do urologista com frequência não só para avaliar os sintomas mas também colher exames de maneira periódica para avaliar se os níveis hormonais estão no patamar desejado, se a viscosidade do sangue não está aumentada e se o PSA não apresenta elevação significativa.
Muitas vezes, frente a algumas complicações precisamos parar a TRT ou substituí-la por outro tipo que dê menos efeitos colaterais; em outras vezes o paciente precisará fazer uma sangria, que funciona como uma doação de sangue, para diminuir os níveis de viscosidade sanguínea. Quando o PSA se eleva muito acima do esperado, pode ser necessário aprofundar o diagnóstico e fazer uma biópsia de próstata para avaliar a glândula prostática.
Como se pode perceber, fazer reposição hormonal requer muitos cuidados importantes no acompanhamento para se evitar problemas e efeitos colaterais indesejados. Fazer uso de hormônios requer critério e competência médica que só urologistas que são andrologistas podem prescrever com segurança.