Finalmente, após 3 anos a OMS decretou o fim da pandemia e agora, passado tempo, começamos a entender um pouco mais sobre a doença e seus efeitos tardios.
O vírus da COVID foi encontrado no sêmen durante a período ativo da doença e com isso a possibilidade de transmissão existe apesar de não ser a via preferencial (que são as vias aéreas superiores), no entanto, após a recuperação da doença não foi encontrado RNA do vírus SARS-CoV-2 no material seminal dos pacientes, o que nos deixa tranquilos com relação à transmissão nesse período.
No entanto, no que tange a fertilidade, existem alterações importantes, sobretudo nos primeiros meses pós-COVID: redução da motilidade espermática e menos espermatozoides no sêmen, o que pode ser considerado bem significativo.
Um estudo belga mostrou que após 1 mês, 37% dos pacientes tinham motilidade espermática reduzida e 29% tinham contagens de espermatozoides baixas e ainda após dois meses depois da recuperação, 28% tinham baixa motilidade.
A orientação médica para quem deseja engravidar a parceira nessa situação é aguardar no mínimo 3 meses, idealmente 6 meses pós-tratamento da COVID.
São esperados novos estudos que vão nortear melhor a conduta no que diz respeito da fertilidade no pós-COVID para analisarmos os efeitos a longo prazo..
O que sabemos hoje é que temos efeito importantes, mas recuperáveis, porém precisamos manter a vigilância nesses pacientes.