Recentemente um trabalho mostrou que entre 1973 e 2022 houve uma queda na fertilidade masculina em torno de 51%, ou seja, perda anual de 1% na capacidade reprodutiva do homem.
O impacto dessa constatação é óbvio: fica cada vez mais difícil a concepção pelas vias naturais, ainda mais hoje que os casais tendem a querer filhos em idades mais avançadas, o que, por si só já é um entrave.
As causas para essa perda parecem cada vez mais claras: o estilo de vida moderno, que se por um lado favorece e agiliza as rotinas, por outro parece exigir cada vez mais da mente e corpo de cada homem.
Os efeitos dessa vida moderna se refletem em:
1- Obesidade recente: mais de 60% das pessoas no mundo estão fora da faixa de peso ideal, gerando inflamação crônica recorrente e estresse oxidativo para as células espermáticas.
2- Sedentarismo: em conjunto com a obesidade aumenta mais ainda o estresse a todas as células, contribuindo para ganho de peso e evolução das doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
3- Sono inadequado: a noite temos processo de reparação celular e produção hormonal fundamental para a espermatogênese.Um sono em quantidade e qualidade ruim impacta em muito o equilíbrio desse delicado sistema.
4-Vícios: álcool, tabagismo e maconha, muito comuns atualmente, são lesivos aos espermatozóides e promovem prejuízos ao sistema hormonal masculino.
5- Ansiedade/Estresse: a mente sofre e o corpo padece. Nunca foi tão verdadeira essa afirmação. Cronicamente, o corpo reage de maneira negativa a esses estímulos gerando mais inflamação crônica subjacente.
Em resumo, a chave da recuperação da fertilidade do homem está na busca por um estilo de vida mais saudável, missão hoje cada vez mais difícil.